sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A revista inglesa New Musical Express (NME) não é muito conhecida pelos portugueses, mas já existe desde Março de 1952 e é a mais popular revista de musica por terras de vossa majestade.
Os NME Awards já existem há quase tanto tempo como a revista e são prémios anuais oferecidos aos artistas mais votados pelos leitores. As categorias vão desde Melhor Álbum do Ano a Melhor Local para Concertos do ano.
Dado que Radiohead, Muse, MGMT, Ladyhawke, entre outros, participam este ano na corrida, decidi passar por lá a deixar o meu voto. Podem inclusivamente tentar ganhar uma entrada para o evento, ao mesmo tempo que adquirem o voo low-cost até Stansted.
Os votos são secretos mas podem compartilhar. Votei na Last.fm como melhor página do ano, pois tem sido companhia fiel nestes dias infernais. Invernais, perdão.

Deixem os votos aqui, é fácil e não é necessário sequer fazer registo.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Exactitudes

Inspirados pelo interesse comum em documentar os diversos tipos de código de vestuário dos diversos grupos sociais, o fotógrafo residente em Roterdão Ari Versluir e o "profiler" Ellie Uyttenbroek têm trabalhado juntos ao longo de 14 anos e ao resultado chamaram de Exactitudes, a contracção de "exact" e "atitudes", o que se percebe facilmente também em português.
Fotografando os seus modelos num contexto, enquadramento, pose e vestuário idênticos, têm assim contribuído com um registo quase cientifico e antropológico das tentativas do individuo em distinguir-se do outro enquanto assume uma identidade de grupo.
A aparente contradição entre individualidade e uniformidade é, contudo, levada a tais extremos na visão fotográfica e análise de estilo da dupla, que o aspecto artístico domina claramente o objectivo do documentário.

Sugiro que se percam na página Exactitudes e reconheçam nalguns registos amigos, família, classes e grupos sociais, os míudos que passam a caminho da escola.

“L' exactitude n'est pas la vérité”

Henri Matisse

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Ladyhawke


Não, não se trata do filme. Apesar de soar a anos 80, é muito actual.
Eu já disse que da Nova Zelândia só chegam coisas boas.


Ladyhawke é Pip Brown, uma compositora/cantora de 27 anos que comecei por ouvir na Radar, com o single "Paris is Burning". E gostam tanto dela como eu, porque andam a abusar do "Dusk till Down" como se a madrugada não chegasse.
Mistura características interessantes: lado rebelde do rock, o glitter do pop dos anos 80, o amor pelos gatos, a obsessão por jogos de consola, as vozes na cabeça. O resultado é um álbum que se consegue ouvir de fio a pavio. Indie? Talvez, mas com açucar.

Visitem a página ou o myspace, ouçam as musicas, joguem um jogo e torçam para que volte a Portugal, desta vez ao Porto.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Atheist Bus

Mais pela ideia em si (que apesar de ser genial, não passa de uma imitação do já existente) do que propriamente do conteúdo (que, apesar de fazer parte das minhas convicções, me recuso a discutir aqui), a Propaganda Ateia que surgiu em Inglaterra merece lugar no Sniff.

A campanha surgiu quando a comediante Ariane Sherine viu num autocarro o seguinte anúncio: "Quando o Filho do Homem chegar, encontrará ele a Fé na Terra?".

Ao visitar a página que acompanhava a frase, percebeu que, como não crente, seria "condenada à eterna separação de Deus e então passar toda a eternidade no tormento do inferno."
Desconfiando que um grupo religioso pudesse publicitar, legalmente, um site que informava do eterno "tormento do inferno" para os não crentes, começou a escrever artigos para The Guardian’s Cif (Comment is free) website, chamado Atheists - Gimme Five.
Como parte da sua pesquisa para estes artigos, escreveu questionando sobre a legalidade do anúncio ao Advertising Standards Authority e obteve como resposta que tal não fazia parte das responsabilidades legais da autoridade. No final do artigo, ela propôs que todos os ateus que o lessem, contribuíssem com £5, para um tão necessário anuncio:


“There’s probably no God. Now stop worrying and enjoy your life.”


Para sua surpresa, muitas pessoas aderiram e, com a ajuda do blogger político John Worth, este foi o resultado:

Obviamente este anúncio tem gerado muita polémica, especialmente junto dos grupos religiosos que, agora, tentam apelidar de fundamentalista este movimento (um caso de projecção, talvez?).
Assim, Ariane reforça a utilização do "probably" na sua frase. Apesar de não se provar cientificamente a existência de Deus, também nunca se provou a sua não existência.
O anuncio não ilude, não tenta transmitir uma "verdade", como a do tormento certo no inferno por toda a eternidade..

Tebe Interesno


Tebe Interesno não é desconhecido dos utilizadores do Stumble e tropeço diversas vezes na sua página ou em páginas que o mencionam devido aos "thumbs up" que recebem.


Não querendo estabelecer comparações - porque apesar de igualmente talentosos, as obras não são similares - sinto que os kodamas e os monstros Kaonashi de Hayao Miyasaki ganharam vida e saltaram para a palma da minha mão. Estes pequenos ou grandes seres surgem no meio da floresta, entre carris de comboio, no metro, a comer um prédio no meio da cidade. Alguns trazem mensagens, outros fitam-nos simplesmente.


A página de Tebe encontra-se em russo, mas neste caso creio que é apropriado dizer-se que as imagens falam por si. Por isso, fala com todas.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Polly Jean Harvey


A Senhora vai voltar a Portugal e, pasme-se (!), à Casa da Música. Tem razão em adorar o Porto, porque o Porto já lhe provou que a adora.
Ainda não dispõem de info na página da Casa da Música mas em
www.pjharvey.net a notícia é avançada como PJ HARVEY & JOHN PARISH ANNOUNCE UK & EUROPEAN TOUR, na Casa da Música a 2 de Maio, o que significa que será acompanhada com o seu habitual parceiro de armas.
Enquanto isso o novo álbum, "A Woman a Man Walked By", tem data de lançamento prevista a 30 de Março.


Ficamos (impacientemente) à espera do álbum. E do concerto. E que venha lanchar lá em casa.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

De comer e chorar por mais?



Para além de miniaturas, também gosto de coisas que não são o que aparentam. Deve ser o lado trocista que há em mim.

Todos sabemos que a parafina não se come. Mas, com algum talento e imaginação, pode disfarçar-se de algo comestível.
É uma boa ideia para quem (ainda) troca prendas no dia dos namorados.

Criação de
Candle Confections.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Arte de meio palmo



Sempre gostei de miniaturas. E de imaginar coisas muito grandes serem reduzidas ao tamanho da ponta do meu dedo. Ou coisas menos grandes também reduzidas a algo parecido.
Quando era pequena fazia pão, gelados e bolos em plasticina para as bonecas. Mas não brincava. Compunha o cenário apenas e depois deleitava-me com os resultados. Fazer a boneca andar de um lado para o outro não tinha a mesma piada que preencher uma prateleira de pastelaria miniatura e intragável. Ainda fiz umas coisas, mas tiro o chapéu a quem consegue fazer vida disso.
Deixo-vos o exemplo de Stéphanie Kilgast com as suas criações
PetitPlat.