terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A Cidade dos que Partem


Quando começaram ao certo não sei, até porque na sua página apresentam-se com uma anadiplose que pouco explica, mas a primeira peça remonta a 2001.

Comecei a acompanhar as peças dos Palmilha no Tertúlia Castelense, não apenas por ser um sítio aprazível mas também porque era só descer a rua.
Não sou de riso fácil mas nas noites em que assistia aos Palmilha, saía de lá com os abdominais doridos.

Algumas pessoas começaram a aderir, tal como eu, às investidas teatrais dos rapazes. E hoje já passam na televisão (num país em que o Rivoli é despejado para acolher os musicais mainstream de Filipe La Féria, é um feito!).

A Cidade dos que Partem é uma co-produção Teatro da Palmilha Dentada e TNSJ, em exibição desde 30 de Janeiro no TECA. É uma espécie de musical que fala das tripas e do porquê das tripas e do facto das pessoas partirem. E de empresários que vendem máquinas de felicidade e políticos que apenas respondem a perguntas previamente colocadas por escrito. Na apresentação da máquina da felicidade em que o Ivo Bastos (o político) canta ao seu clip, tive de me afundar no assento. E pode parecer que a luz da ribalta se deteve mais nos outros que em Rodrigo Santos, mas a direcção de actores e a originalidade das músicas prova o contrário.

Aconselho uma quinta-feira, já com um pezinho no fim-de-semana e 50% de redução no bilhete de plateia. Até 28 de Fevereiro, o que significa que já só têm os dias 19 e 26. Apressem-se, o Porto e o Teatro merecem.

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